quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aquecimento Global



Aquecimento global vai custar o dobro

Os governos vão gastar no mínimo 2% do PIB mundial no combate às mudanças climáticas. O aumento do número de secas, furacões e inundações serão as principais causas dessas perdas financeiras. O anúncio foi feito por Nicolas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial. Ele foi o autor de um estudo encomendado pelo governo inglês sobre as conseqüências das mudanças climáticas na economia global. Em 2006, quando o relatório foi publicado, empresas e governos de países industrializados ficaram alarmados com a possibilidade de gastar 1% do PIB mundial por causa das alterações no clima do planeta. Na quarta-feira Stern fez um alerta pior. Em uma entrevista ao jornal inglês The Guardian, ele afirmou que os gastos mínimos com o aquecimento global vão representar o dobro do previsto no relatório de dois anos atrás.

A aceleração dos efeitos das mudanças climáticas foi a justificativa para a mudança nas estimativas. A falta de cumprimento das metas de redução das emissões de gases que causam o aquecimento global seria a principal causa dessa aceleração.

Stern tambem propôs uma solução drástica. Os EUA e o Reino Unido devem cortar 80% de suas emissões até 2050. Fato improvável em uma realidade onde as nações ricas não conseguem reduzir nem 5% das emissões acordados na Conferência Mundial do Clima. Para tentar contornar o problema, políticos ingleses divulgaram que pretendem criar um novo imposto ambiental. O foco deve ser os combustíveis fósseis – gasolina e diesel – usados para abastecer veículos. Uma má notícia para um momento de alto no preço do petróleo.

EUA é o país rico que menos fez contra o aquecimento g lobal

Os Estados Unidos é o país que menos avançou, entre as oito maiores economias do mundo, na corrida para combater a mudança climática, diz um estudo divulgado nesta quinta-feira, 3.
O Placar Climático do G8 2008, divulgado às vésperas da reunião do Grupo dos Oito que ocorre na próxima semana na ilha japonesa de Hokkaido, também mostra que nenhum dos oito países faz o suficiente para evitar que a temperatura da Terra se eleve a níveis capazes de gerar efeitos catastróficos.

A reunião de Hokkaido juntará chefes de governo dos EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Rússia.

A diretora do Programa de Mudança Climática da ONG WWF na Alemanha, Regine Gunther, disse a jornalistas que os líderes do G8 deveriam se comprometer a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa de seus países em 40% até 2020, e 80% até 2050.

"Se não conseguirmos isso, o clima mundial mudará de maneiras que sequer podemos imaginar hoje", disse ela.

O placar coloca o Reino Unido como o país desenvolvido que mais fez para reduzir as emissões de dióxido de carbono e atingir as metas definidas pelo Protocolo de Kyoto. França e Alemanha estão logo atrás. A Alemanha recebeu elogios pelo investimento em energia renovável.

O placar foi elaborado pela consultoria holandesa Ecofys, a pedido do WWF e da seguradora Allianz.

O estudo também avaliou o desempenho de Brasil, China, Índia, México e África do Sul, mas não elaborou um ranking desses países, porque "não podem ser medidos com a mesma régua usada para os países industrializados", diz a nota de divulgação do trabalho.

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