quarta-feira, 2 de julho de 2008

Créditos de Carbono

Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissôes (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estuda (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional.

Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o protocolo de kyoto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restrigem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.

Os países desenvolvidos podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países.

Brasil deve liderar a geração de créditos de carbono de maior qualidade, diz especialista

Com a predominância das chamadas fontes limpas de energia, como as usinas hidrelétricas, o Brasil não tem grande potencial para atuar no mercado dos créditos de carbono, quando se fala em volumes. No entanto, a abundância de rios e a aptidão para a produção de biocombustíveis colocam o país em posição de liderar a geração de créditos de carbono de maior qualidade.A tese é do diretor do Instituto Totum, Carlos Henrique Delpupo. Segundo ele, com a geração elétrica predominantemente hídrica, fica difícil para o Brasil implementar reduções acentuadas de emissão de carbono, como ocorre em países onde a geração é feita por meio da queima de gás ou carvão.

Porém, o especialista afirma que alguns fundos de investimento que atuam no segmento ambiental podem optar pelo crédito de carbono brasileiro. Mesmo menor, a redução das emissões por aqui se dá por meio de ações de sustentabilidade, possibilitadas pela nossa grande disponibilidade de biomassa, explicou Delpupo. Segundo ele, alguns fundos estrangeiros, especialmente europeus, preferem comprar os créditos de carbono oriundos de reduções sustentáveis de emissões.

Delpupo aproveitou para criticar a burocracia imposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a aprovação de novos projetos de geração de créditos de carbono. A seu ver, a entidade deveria criar normas mais simples e rápidas para o ingresso de novos empreendimentos no programa. Cada fase em que o projeto passa é uma vitória. Estamos comemorando até bola na trave, ironizou.

O Brasil ocupa atualmente a terceira posição mundial em número de projetos aprovados, com 134 empreendimentos. À frente, aparecem Índia, com 339, e China, com 214.

Nenhum comentário: